Reforma Tributária e Protheus: O Que Muda na Rotina Fiscal das Empresas a Partir de 2026
- Fernando Ribeiro
- 13 de jul.
- 4 min de leitura

A tão aguardada Reforma Tributária finalmente começou a sair do papel e promete transformar profundamente o sistema de arrecadação no Brasil. E para empresas que utilizam o ERP TOTVS Protheus, essa transformação vai muito além de questões legais: ela exige mudanças estruturais na configuração dos tributos, na apuração fiscal e nos processos operacionais do dia a dia.
A partir de 2026, entrará em vigor a nova estrutura de impostos que substitui tributos federais, estaduais e municipais por modelos mais simplificados. O problema? O modelo tradicional de configuração fiscal do Protheus, baseado na TES, não conseguirá atender às novas exigências. A migração para o CFGTRIB (Configurador de Tributos) será obrigatória.
Neste artigo, você vai entender:
Quais tributos serão substituídos na Reforma
Como o Protheus será impactado
O que muda no dia a dia fiscal da sua empresa
O que fazer agora para evitar riscos e garantir conformidade
O que muda com a Reforma Tributária?
A principal proposta da Reforma Tributária é simplificar o modelo atual, que é complexo, fragmentado e cheio de exceções. Para isso, serão criados novos tributos que unificam impostos hoje cobrados separadamente:
CBS – Contribuição sobre Bens e Serviços Substitui: PIS e COFINS (federais)
IBS – Imposto sobre Bens e Serviços Substitui: ICMS (estadual) e ISS (municipal)
IS – Imposto Seletivo Incide sobre produtos específicos (como cigarro, álcool e combustíveis)
Esses impostos seguirão a lógica de um IVA (Imposto sobre Valor Agregado), com crédito financeiro, escrituração centralizada e apuração baseada em destino (não mais origem). Isso significa uma reestruturação total na forma como sua empresa calcula, registra e declara os tributos.
O impacto da Reforma no Protheus
O ERP Protheus precisará refletir toda essa mudança tributária nos seus módulos de compras, vendas, livros fiscais, contabilidade e financeiro. A TOTVS já anunciou oficialmente que:
“Os novos tributos da Reforma Tributária serão suportados exclusivamente por meio do Configurador de Tributos (CFGTRIB). O modelo antigo baseado na TES não terá suporte para CBS, IBS ou IS.”
Isso traz impactos diretos:
TES deixará de ser suficiente para configuração fiscal
Nova estrutura de regras fiscais precisa ser implementada no CFGTRIB
Processos de emissão de notas, cálculo de tributos e geração de SPEDs serão alterados
ERP deverá estar atualizado com novas versões e regras de negócios
Rotinas fiscais precisarão ser revisadas e treinadas para os novos modelos
O que muda na rotina fiscal da sua empresa
A seguir, listamos as principais mudanças práticas que sua equipe fiscal enfrentará com a nova legislação e o uso obrigatório do CFGTRIB:
1. Nova lógica de cálculo
Os novos tributos terão regras próprias de apuração e crédito, exigindo ajustes na forma como os impostos são calculados, lançados e compensados.
2. Redesenho das regras fiscais
A empresa precisará criar regras completamente novas no CFGTRIB, substituindo o que hoje está configurado na TES e em parâmetros dispersos.
3. Gestão por vigência
Como a transição para os novos tributos será gradual, será necessário controlar a vigência de regras antigas e novas simultaneamente — o que só é possível com o CFGTRIB.
4. Ajustes em cadastros
NCMs, CFOPs, CSTs e outras classificações poderão ser modificadas ou até extintas, exigindo revisão e padronização dos cadastros no ERP.
5. Simulações e testes constantes
Com tantas mudanças, será fundamental testar as regras e validar cálculos antes de colocar em produção, garantindo que não haja erros fiscais.
Quais os riscos de não se adequar para a Reforma Tributária?
Empresas que deixarem para a última hora correm sérios riscos, como:
Erros em notas fiscais e documentos eletrônicos
Inconsistências no SPED Fiscal e Contribuições
Autuações por recolhimento incorreto de tributos
Interrupção de rotinas críticas por falha no sistema
Impossibilidade de utilizar os novos tributos no ERP
Além disso, a TOTVS deve descontinuar o suporte às rotinas antigas baseadas em TES. Ou seja, ficar no modelo atual não será uma opção viável.
Como se preparar desde já?
A preparação para esse cenário começa agora. Veja as principais ações recomendadas:
Migrar imediatamente para o CFGTRIB Quanto antes sua empresa dominar o novo modelo, melhor será sua adaptação à Reforma.
Atualizar a versão do Protheus A TOTVS só oferece suporte ao CFGTRIB a partir da versão 12.1.22.10. Garanta que sua base esteja atualizada.
Revisar os processos fiscais e contábeis Mapeie os processos atuais e identifique o que será impactado.
Buscar apoio especializado Uma consultoria com domínio técnico e conhecimento tributário é essencial para uma transição segura.
Como nossa consultoria pode ajudar
Nossa equipe é formada por especialistas que já atuaram em departamentos fiscais e dominam o Protheus em profundidade. Por isso, oferecemos uma abordagem completa, que une a visão técnica do ERP com a exigência legal da nova legislação.
Ajudamos sua empresa com:
Diagnóstico da estrutura tributária atual
Planejamento e implantação do CFGTRIB
Configuração dos novos tributos (CBS, IBS, IS)
Testes, simulações e validação dos cálculos
Treinamento da equipe fiscal e contábil
Suporte contínuo durante a transição
Conclusão: quem se prepara agora, sai na frente
A Reforma Tributária já é realidade. As mudanças são profundas e vão exigir não apenas conhecimento técnico, mas também agilidade e planejamento estratégico. O Protheus está pronto para essa nova era — desde que sua empresa esteja preparada para migrar para o CFGTRIB.
Quer se antecipar e transformar a mudança em vantagem competitiva? Fale com a nossa equipe. Estamos prontos para conduzir sua empresa rumo à conformidade fiscal com segurança e eficiência.